Adriano Gonçalves
Foto: Fotos CN/ Wesley Almeida
Muitas pessoas deixaram Jesus entrar na sua casa, na sua vida, a partir do convite que o Dunga nos fez na palestra anterior.
Eu venho falar a vocês dessas consequências da nossa decisão em deixar Jesus entrar na nossa vida. Quando Jesus entra, Ele mexe nas nossas estruturas. E quando Ele mexe nas nossas estruturas, há uma única condição: a santidade.
Sinto em lhe informar que a sua vida não será mais a mesma. A partir dessa sua decisão: “Entra Jesus na minha vida!” a sua vida começou a mudar. E precisa mudar radicalmente. Não dá mais para você ter uma “vida velha”. Vida velha não é apenas o que diz respeito aos nossos pecados e fraquezas, mas também diz respeito às nossas concepções em amar, em viver e assim por diante.
Quem encontrou Jesus Cristo não permanece mais da mesma forma. E, se permanece do mesmo jeito, isto significa que – infelizmente – não teve um encontro pessoal com Jesus.
Dunga, na pregação anterior, citou como exemplo de uma “virada radical” Zaqueu. Eu quero agora citar o apóstolo Paulo, que antes era conhecido pelo nome de Saulo. Acompanhe comigo:
“Saulo, entretanto, respirava ameaças de morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao sumo sacerdote e pediu-lhe cartas de recomendação para as sinagogas de Damasco, a fim de trazer presos para Jerusalém os homens e mulheres que encontrasse, adeptos do Caminho. Durante a viagem, quando já estava perto de Damasco, de repente viu-se cercado por uma luz que vinha do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: 'Saul, Saul, por que me persegues?' Saulo perguntou: 'Quem és tu, Senhor?' A voz respondeu: 'Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo. Agora, levanta-te, entra na cidade, e ali te será dito o que deves fazer'". (Atos 9, 1-6).
Temos a mania de “demonizar” a Saulo, afirmando que ele era um sujeito mau, cruel. Mas Saulo estava em busca da Verdade. Mesmo daquele jeito errado, havia no coração de Saulo uma enorme intenção de ser fiel a Deus. Ele tinha o mesmo desejo que temos de viver uma vida que valha a pena. Não se escandalize com aquilo que eu vou dizer agora: mas atrás de todo o pecado cometido, existe um desejo de ser feliz. Ou por acaso você acha que o rapaz que “cheira um pó” faz isso para ficar mais triste? Não. Ele faz para ser feliz. Do jeito errado – é evidente! - mas, mesmo assim, há um desejo de felicidade em seu coração. Daí a importância de levarmos a verdadeira felicidade aos outros, que consiste em termos encontrado a Jesus Cristo.
Sabe quando você percebe uma voz diferente que fala ao seu coração? Ou então ouve aquela música e diz: “Esta música tem algo de diferente... Ela mexeu comigo” e você não sabe explicar apenas com palavras? Então, foi isso que aconteceu com Saulo: aquela voz mexeu com o seu interior. E é esta mesma voz – a voz de Cristo - que quer, hoje, mexer com você.
Vocês precisam sair daqui com esta pergunta: “Jesus, o que o Senhor quer que eu faça?” Você precisa sair daqui com esta pergunta que cria um impacto em seu coração.
"Quem encontrou Jesus Cristo não permanece mais da mesma forma", afirma Adriano
Foto: Fotos CN/ Wesley Almeida
A sua sede de felicidade tem um rosto e tem um Nome: Jesus Cristo. Você está convencido disso, meu irmão?
O mundo está cheio de cristãos vazios em seu interior, que não se levantam mais para proclamar que encontraram a felicidade, que encontraram a Jesus! O mundo tem necessidade deste nosso testemunho: “Eu encontrei a verdadeira felicidade! Eu encontrei o Senhor Jesus!”.
Saulo vivia a força que matava. A mesma força que nos persegue e nos tira a felicidade. A mesma força que coloca o jovem nas drogas, nas baladas, na prostituição, que coloca o homem no adultério, no consumismo desenfreado. Mas, quando Saulo se encontra com Jesus, a sua força se transforma em fraqueza e o que era uma aparente fraqueza, torna-se a força permanente de sua vida.
Jesus é mais na sua história. Ele é mais na sua vida. Ele lhe dá vida nova. Mesmo vivendo esta luta constante do homem velho versus o homem novo segundo Deus, você busca o Senhor, busca os sacramentos, porque você quer viver a santidade.
Precisamos dar nome a esse homem velho. Quando não damos nome vamos ficando enfraquecidos. Um exemplo disso é o que acontece no adultério. Ele não acontece simplesmente quando se trai o próprio conjuge com outra pessoa numa cama. O adultério começa antes. Começa com os anos anteriores de falta de diálogo, de carinho, de reconciliação na vida conjugal. E tudo isso, porque não foi se dando nome, acabou desembocando no ato de infidelidade. Compreende? Dar nome é tomar consciência!
É na Confissão que vamos derrotando o homem velho, porque é ali que vamos dando nome e tomando consciência dos nossos pecados. Portanto, dê nome ao seu homem velho!
Você precisa ser um espelho do céu. As pessoas precisam ver em você este reflexo de uma vida nova. Você tem que sair deste encontro com “cara de céu”, meu irmão! Você precisa estar afeiçoado com as coisas do Alto. Nesta briga do homem velho com o homem novo, é preciso deixar o homem novo vencer.
Nós fomos feitos para o céu e não para o inferno. E assim como podemos antecipar o céu em nossas vidas, também podemos antecipar o inferno quando rejeitamos a Deus, quando deixamos que toda espécie de vício nos enfraqueça e nos deixe com aquele semblante triste e sem vida.
Mas a nossa escolha é antecipar o céu. O nosso coração é feito para a eternidade. Eu desejo esta felicidade sem fim. Deseje o céu, meu irmão! Vale a pena curtir esse mundo e não ser curtido por ele. Mas reconheça que o que lhe espera é infinitamente maior e melhor. Fomos feitos para o céu. Existimos para a eternidade com Jesus. Que o homem novo vença neste combate diário.
Diga comigo: “Eu quero o céu custe o que custar!”
Transcrição e adaptação: Alexandre Oliveira (@alexandrecn)
Adriano Gonçalves
Consagrado da Comunidade Canção Nova
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