sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Renúncia do Papa.

O mundo foi surpreendido nesta histórica data 11 de fevereiro 2013. Como o raio do céu caiu a notícia vindo do Vaticano, que o Papa Bento XVI renunciou como Bispo de Roma e sucessor de São Pedro.

O mundo católico recebeu esta notícia com surpresa. O Papa renunciou, e nós aceitamos este fato no espírito de fé.

Renúncia de um papa não é o fato isolado na Igreja. Na verdade, alguns papas na História da Igreja renunciaram também: Ponciano, em 235; Celestino V, em 1294; Gregório XII, em 1415. O Bento XVI é o quarto papa que renuncia o papado.

A renúncia está prevista no Código do Direito Canônico tanto da Igreja Romana como Oriental. No cânon 332 §2 lemos: “Se acontecer que o Romano Pontífice renuncie a seu múnos, para a validade se requer que a renúncia seja livremente feita e devidamente manifestada, mas não que seja aceita por alguém.”

Agora o mundo invade uma onda gigante de especulações sobre o motivo que levou o Papa a este ato. Segundo a assessoria da imprensa do Vaticano, apresentada pelo Pe. Lombardi, o peso do pontificado teria levado o Papa a esta decisão. Esta excluída a hipótese de alguma doença grave a não ser a que está com a idade avançada. Para entender melhor os motivos que levaram o Papa a esta decisão escutemos o que ele mesmo fala no documento apresentado aos cardeais. O texto original está em latim, mas publicamos aqui na tradução portuguesa.

Caríssimos Irmãos, Convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus. Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013. BENEDICTUS PP XVI.

A Carta-Decreto dirime qualquer dúvida. Três realidades levaram o papa para tomar desta decisão. Primeiro: "no mundo de hoje, sujeito a rápidas transformações e sacudido por questões de grande relevo para a vida da fé, para governar a barca de são Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor tanto do corpo como do espírito". Segundo, o mundo de hoje no ritmo tão acelerado, espera respostas imediatas. Estas podem ser dadas, com “o vigor quer do corpo quer do espírito”. Não basta só meditar e rezar são necessárias também constantes deslocamentos para acompanhar de perto os problemas que tem influência para a fé do povo. Terceiro, a idade avançada não oferece condições de cumprir esta missão.  Por isso, como lógica conclusão das premissas anteriores: “com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro”.

Não foi a doença grave, nem os problemas enfrentados como a pedofilia foram fatores decisivos da renúncia. O próprio Papa, segundo o Pe. Lombardi, porta voz do Vaticano, citando o livro-entrevista “Luz do Mundo” que o Papa deu algum tempo atrás, sobre a possível renúncia por motivos de graves problemas como pedofilia e outros, disse que este momento não é “o momento de renunciar, mas de enfrentar”.  Mas o Papa também esclareceu “que é possível renunciar quando não é mais possível continuar”. Tal tipo de situação inclui aquelas em que o papa considera oportuno renunciar por não estar mais em condições físicas adequadas.

Quase todos os chefes das nações se pronunciaram sobre este fato novo no mundo. Todos com admiração respeitam a sua decisão.

A Diocese de Itabuna também recebeu a notícia como o raio que caiu dos céus. Aceitamos com fé, admiração e respeito o ato do Papa. Este gesto nos ensina tanto. O Papa pregou o Evangelho e não a si mesmo. Não se apegou ao poder, a glória, às comodidades na vida. Neste gesto se vê claramente, que tudo isto ele fazia por Jesus e sua Igreja. Mas agora quando as suas forças diminuem, mas para que a força do evangelho não enfraqueça, renuncia para que o outro, com mais condições físicas continuasse a obra de Deus.

Ele, vai se enclausurar num  pequeno mosteiro das Clarissas dentro do Vaticano, ajudando a Igreja de Jesus crescer, com a oração e sofrimento da idade. Que exemplo mais estupendo que ele nos deixa como legado!

 

Dom Ceslau Stanula
Bispo de Itabuna,

Membro da Academia Grapiuna de Letras.




Juventude e Igreja: o desafio de fazer uma pastoral juvenil

A Igreja sempre se ocupou do tema juventude. Esta não foi a primeira vez. A título de recordação citamos a CF de 1992 com o tema “Juventude Caminho aberto”, a 3ª CELAM em Puebla em 1979 e as JMJs, iniciadas no pontificado do Bem Aventurado João Paulo II. Neste ano, a CF novamente apresenta a questão da juventude com o tema: Fraternidade e Juventude e lema: “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8).
Então, o que esperar de uma CF como esta no contexto do Ano da Fé e de uma JMJ?
Não é uma resposta fácil e sequer poderemos esgotá-la nestas poucas linhas. Faremos algumas ponderações, levantaremos algumas dúvidas e deixaremos algumas angústias. Um dos nossos referenciais nesta viagem será Kierkegaard, visto que ele compreende a angústia como liberdade e possibilidade de escolha. Assim, nos vemos diante de dois caminhos: optar verdadeiramente por uma pastoral juvenil, alocando todas as forças e recursos nesta direção ou nos mantermos numa pastoral apática e de conservação, já criticada por Aparecida.
O último Censo de 2010 divulgado em julho de 2012, sinalizou uma queda considerável do catolicismo no Brasil e neste cenário ficou patente que temos dificuldade em manter na igreja jovens entre 15 e 29 anos. Nossa população de fieis é majoritariamente superior entre aqueles que têm 40 anos acima.  É evidente que os dados precisam ser melhor cruzados e interpretados. Mas é bem aqui que se estabelece o desafio: Como trabalhar com os jovens? Supomos que a resposta esteja ao nosso alcance. E afirmamos que o maior dos gargalos de nossa ação pastoral seja estratégica e metodológica.
 Não podemos combater a concorrência neopentecostal com o arsenal midiático que criamos. Não podemos entrar na lógica perversa da propaganda utilitarista que sugere a formação de padres melhores, como os midiáticos, ou do patrocínio da música católica pela Som Livre, ou da produção de megaeventos, hipercristotecas, megatemplos, baladas cristãs, etc.
Para fazer um caminho metodológico sem a pretensão de fazer um estudo científico, tomamos algumas das reflexões de Ribeiro, J.C. em seu livro Religiosidade Jovem - Pesquisa entre universitários, publicado pela Loyola e Olho d’Água, dentre outros artigos e publicações da CNBB.
Primeiro, é preciso saber dialogar e, isso não significa ter todas as mídias à nossa disposição. A verdadeira comunicação acontece num diálogo, gerando interação, onde nasce a confiança e a credibilidade mútuas. Aqui vamos instalar uma dúvida: Será que olhamos a juventude com verdadeiro interesse? Será que há interesse nosso em compreender o que se passa com esta nova geração? “Para tanto não faltam instrumentos, intenções e documentos”..., afirma Ribeiro. É preciso pensar na qualidade dessa comunicação;
Segundo, é preciso querer conhecer. Não podemos evangelizar quem não conhecemos e sequer poderemos evangelizar a partir do que dizem as representações do jovem no “noticiário, a publicidade ou nossa experiência pessoal (não é porque eu fui jovem que eu conheço a juventude!)”. Cada geração é sui generis. É preciso ter uma visão englobante ‘das juventudes’. A partir daí poderemos começar um caminho;
Terceiro, na ordem do Ser. O quê ou quem são os jovens atuais? A resposta envolve um esforço multidisciplinar para tentar sair do olho do furacão. Segundo Ribeiro, em um estudo clássico do historiador Eric Hobsbawm “a juventude deixou de ser um estágio preparatório para a vida adulta e tornou-se um momento da realização plena do ser humano”, resultando que a partir de agora, todos querem ser jovens. Isso desencadeou um processo exploratório pelas grandes marcas e empresas que viram neste público o alvo das ofertas e do consumo. Os resultados do consumismo nós conhecemos... Daqui nos vem a pergunta mais sufocante: O que querem afinal nossos jovens?
Querem estar entre os seus “iguais”. Com isso não queremos dizer que o pai, a mãe, o padre, o professor, saiam de seu papel. Particularmente combatemos posturas que conflitam com o sadio desenvolvimento dos papéis. É preciso gerar ambientação que favoreça níveis de sociabilidade, e que o jovem encontre força necessária para sair em direção ao mundo ‘macro’ da sociedade. Mas é preciso tomar cuidado, sobretudo pelo fluxo exagerado do consumo de novidades e esta juventude tem necessidades muito concretas que não são simples de atender: educação, emprego e participação política.
Por fim, após delinearmos em poucas palavras o perfil, a demanda e o contexto em que vivem nossos jovens a pergunta que nosso interlocutor poderá fazer é a seguinte: Qual é a nossa contribuição para esse jovem? Temos algo a oferecer? Será que agora teremos que fazer pesquisa de satisfação para atender bem a nossa “clientela”? Bem, estas perguntas vêm do lugar de onde nós estamos enquanto agentes. Mas me permitam: Admiramos realmente a juventude? Será que aprendemos com eles? No documento da CNBB, Evangelização da Juventude, os Bispos dizem que os jovens são um “lugar teológico”. De fato, eles falam, mas é preciso de nossa parte esforço gigante para acolhê-los. É preciso nos contagiarmos pela sua seiva jovial. Precisamos descentralizar poderes e nos permitir decisões compartilhadas e, enquanto Igreja precisamos dar uma guinada na resposta ao desafio que os jovens nos impõem, senão os próximos censos continuarão a apontar redução dos fiéis. Mas nem tudo é angústia e somos ao final compelidos a “pensar que o problema não é tanto o tamanho do rebanho, mas o fulgor de sua chama, afirma Ribeiro. Se deixar-se entusiasmar junto com a juventude, se estancar a desidratação da própria seiva, se não abortar o espírito livre que o insufla desde sua origem, então o catolicismo se manterá relevante – é isso que importa”.
Pe. Acássio Alves
Pós-graduado em Psicologia Educacional
Coordenador Diocesano de Pastoral

Assessor da Pastoral Universitária e Referencial da Juventude na Diocese de Itabuna.

Campanha da Fraternidade 2013

Cartaz-CF-2013-desenho
Estamos em fevereiro, o mês da Campanha da Fraternidade 2013, que tem por tema: FRATERNIDADE E JUVENTUDE, e o lema “Eis-me aqui, envia-me” Is 6,8.
A CF 2013 tem como Objetivo Geral:
“Acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção da vida, da justiça e da paz”.Portal Kairós

cartaz-da-cf-2013-para-colorir

Retirado do site: www.amiguinhosdedeus.com
Fiquem com Deus!!

Bento XVI anuncia renuncia

 
Cidade do Vaticano (RV) - Bento XVI anunciou esta segunda-feira que se demitirá no dia 28 de fevereiro. Eis o texto integral do anúncio:

Caríssimos Irmãos,

convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.
Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.

Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.

BENEDICTUS PP XVI

Festa em Louvor ao Senhor Deus Menino

No último dia 02 de Fevereiro na Paróquia do Senhor Deus Menino de Ibicaraí-Ba aconteceu a grande festa em honra e louvor ao seu Padroeiro.
Ás 09:00hs da manhã iniciou-se a Santa Missa solene celebrada pelo nosso Bispo Diocesano Dom Ceslau Stanula e concelebrada por 13 sarcedotes, sendo 12 de nossa diocese e um visitante da Diocese de Ilhéus-Ba onde com muita alegria participarão dessa grande festa.
A igreja que não é pequena ficou super lotada de fiéis que com muita alegria louvaram e participaram de toda a celebração com bastante alegria.
A tarde por volta das 17:00hs foi saindo a procissão pelas ruas da cidade com a imagem do nosso padroeiro onde contamos com a presença de dezenas de fiéis que participaram com grande fervor desse ato de fé pública pelas ruas.
Terminando as festividades do nosso padroeiro encerrou-se com a Santa Missa celebrada pelo nosso estimado Monsenhor Sebastião Bezerra de Oliveira onde fez uma belíssima celebração com a igreja novamente repleta de fiéis.
Confira agora algumas fotos dessa grande festa.