Muitas pessoas se sentem desacreditadas em seus
relacionamentos, por não terem aquilo que os contos de fadas ou romances
descrevem como a felicidade completa. Tanto para aqueles que vivem um
relacionamento ou para outros que esperam vivenciar esse momento, todos têm em
comum o desejo de serem felizes… Julgam merecedores da felicidade e, realmente,
os são. Entretanto, algumas vezes, correm o risco de antecipar momentos,
abreviar etapas ou romper valores, simplesmente, para não deixar vazar pelos
dedos das mãos, aquilo que vemos como uma oportunidade de realização de um
sonho.
Ouve-se muito dizer que o casamento tira a liberdade da
pessoa, que são formalidades que geram custos e que não garantem a união
estável do casal. Então, alguns casais de namorados, quando apaixonados – mesmo
que o tempo de namoro seja apenas de alguns meses -, assumem morar juntos.
Desse modo, aquelas disposições que foram assumidas por nossos pais ou avós – a
respeito das fases do envolvimento – em razão da incredulidade dos casais mais
“modernos”, as classificam como algo não mais aplicável!
As justificativas para defender a ideia de morar com a (o)
namorada (o) são muitas. Dentre elas, existem aquelas que esperaram o
favorecimento das condições para a oficialização do casamento. Outros casais
acreditam que morar junto, possa ser uma forma, mais confortável, de
identificar se vai dar certo a convivência com a (o) namorada (o), além de gozar dos
privilégios da vida a dois.
Há também aquelas pessoas que após tal experiência, não têm
intenção de repeti-la. Pois, dessas, acabaram saindo frustradas ao perceber que
apesar de estar vivendo sob o mesmo teto, seu parceiro ainda se comportava como
alguém “solteiro (a)”. Não será difícil encontrar relatos de pessoas dizendo
que foi um período no qual foram apenas um colega de quarto, com quem dividia
as despesas, cuidava de suas roupas, alimentação etc…. E, aqueles momentos de
uma felicidade avassaladora – que foi motivo para a tomada de decisão de viver
juntos – , esvaziou-se, com a falta de comprometimento com aquilo que foi,
anteriormente, objeto dos planos do casal.
A dúvida sobre o verdadeiro sentimento que sentia pelo outro
ou a deterioração do mesmo, fizeram com que o relacionamento durasse apenas o
período de uma estação ou enquanto ardia o fogo da paixão. Desses amores
“doloridos”, as pessoas reclamam de não ter vivido a sensação de sentir-se importante
para a outra pessoa.
Por um lado, se os namorados conseguiam calar o clamor dos
hormônios, que diziam ser a “química da relação”, eles não conseguiam alimentar
o desejo daquela pessoa que ansiava encontrar alguém que seria o seu
complemento. Infelizmente, tal situação também é vivida com aqueles que assumiram
o sacramento conjugal. Entretanto, percebe-se que a falta de interesse em
retomar o relacionamento é maior entre aqueles que assumiram viver como
“namoridos”.
Na vivência do sacramento do matrimônio vamos aprendendo que
somos o canal que promove a felicidade do outro. Isto é, a maneira como nos
comportamos e agimos nessa empreitada de vida comum, é que trará aos resultados
daquilo que almejamos para o compromisso a dois. Assim, as atitudes no dia a
dia, e as manobras para vencermos os obstáculos comum do desafio conjugal, precisa ter como foco o bem estar da outra
pessoa.
Contudo, muitos casais não querem seguir as primícias
estabelecidas de um relacionamento a dois. Mesmo que tenham uma vaga idéia
sobre a vida comum, insistem em viver seus caprichos, e o compromisso com a
felicidade, muitas vezes, fica preso na condição do egoísmo, da autorealização
e muito longe do vínculo com a pessoa que se diz amar.
Fonte: www.cancaonova.com
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